Controle Motor e Engrama Motor

Controle motor


Quando realizamos um movimento no espaço, vários processamentos precisam ocorrer nos níveis moleculares, celulares, musculares e neurais para dar vida à ação motora. Em cada um destes níveis, a quantidade de subprocessamentos é muito grande, mesmo quando se trata da execução de movimentos simples. Mecanismos neurais que integram a postura com o movimento são difundidos ao longo do sistema nervoso central, e são recrutados em padrões que são tarefa e contexto dependentes. As informações sensoriais são integradas em todos os níveis do sistema nervoso e causam respostas motoras apropriadas, começando na medula espinhal com reflexos relativamente simples, estendendo-se para o tronco cerebral com respostas ainda mais complexas e, finalmente, estendendo-se até o cérebro, onde são controladas as respostas mais complicadas. Dessa forma, o sistema motor gera movimentos de três tipos, que diferem entre si em sua complexidade e grau de controle voluntário. São eles: reflexos, padrões motores rítmicos e movimentos voluntários. Os movimentos reflexos têm respostas simples, rápidas, estereotipadas, involuntárias, que são integradas na medula espinhal. A substância cinzenta medular é a área de integração não apenas dos reflexos da medula espinhal, mas também de outras funções motoras. Os padrões motores rítmicos combinam características de movimentos reflexos e voluntários. Podem ser modificados ou interrompidos por impulsos provenientes do encéfalo ou informações sensoriais da periferia. Os movimentos voluntários são proposicionais, tem caráter complexo e sua execução melhora com a prática. Virtualmente todos os movimentos voluntários implicam atividade consciente no córtex cerebral. Contudo, a maior parte do controle pelo córtex compreende uma ativação simultânea de múltiplos padrões funcionais armazenados em áreas inferiores, e estes centros enviam a maioria dos sinais ativadores específicos para os músculos. 







Para entender melhor, vamos utilizar um exemplo que todos  já vivenciamos: Aprender a caminhar. Caminhar é um gesto planejado ou automático? HOJE, ele é automático, mas nem sempre foi assim. Quando não tínhamos prática: planejamos diversas vezes, erramos muito até conseguir formar um padrão de movimento que nos mantivesse em pé. Depois de repetir diversas vezes, até atingir uma via eficiente e conseguirmos dar o primeiro passo e depois evoluir de marcha rudimentar para uma marcha madura, criamos o nosso ENGRAMA da marcha, e o nosso ato de “caminhar” passa a ser automático onde o  nível de planejamento passa a ser desnecessário. É assim para correr também após praticar varias vezes o controle é automático já, nosso corpo cria memorias e vamos aprimorando com  o tempo, por isso que o controle motor é essencial para desenvolver um ritmo e um padrão de corrida melhor.




Engrama Motor

       O QUE É UM ENGRAMA?
 
Simplificadamente, Engrama é a forma que o nosso sistema nervoso encontrou para armazenar memórias, e assim, automatizar nossos gestos cotidianos. Assim, podemos definir: quanto mais Engramas criamos, mais vocabulário motor nós temos, e assim, melhor executados são os nossos gestos. No esporte, quanto mais engramas o atleta possui, mais habilidade ele tem para lidar com situações inesperadas. Quanto mais repetição, mais natural, mais automático fica o gesto
















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