Radicais Livres + Corrida de rua

       Os radicais livres de oxigênio são produzidos naturalmente em nosso organismo através de processos metabólicos oxidativos e, muitas vezes, são de extrema utilidade, como nas situações em que há necessidade de ativação do sistema imunológico (como exemplo, os macrófagos utilizam o peróxido de hidrogênio para destruir bactérias e outros elementos estranhos); na desintoxicação de drogas; e na produção do fator relaxante derivado do endotélio, o óxido nítrico, extremamente importante nos processos que desencadeiam o relaxamento dos vasos sanguíneos.

         Bom expliquei mais ou menos o que é radicais livres, agora vamos ao que realmente interessa, o que radicais livres tem a haver com corrida de rua.

        A ideia de que a corrida pode causar envelhecimento precoce é largamente transmitida entre os corredores. Palavras como ‘radicais livres’ e ‘oxidantes’ estão sempre presentes no discurso de quem acredita que correr envelhece. A boa notícia é que dá para combater os famigerados ‘radicais’ com medidas simples, e poder aproveitar todos os benefícios do exercício físico.

     Após uma corrida intensa, o organismo passa a produzir os chamados ‘radicais livres’, que são resultado de um processo que converte nutrientes em energia para o corpo. Os radicais liberados podem danificar algumas células sadias. Para combater esse efeito, basta ingerir vitaminas antioxidante, como principalmente vitamina A, C e E, vão se unir a esses radicais livres e não vão deixar que eles causem esse envelhecimento”. O ideal, é que essas vitaminas sejam ingeridas em forma de alimentos, como os alimentos funcionais. A vitamina A está presente no abacate, mamão, manga, pêssego, cenoura, brócolis e espinafre. Já a vitamina C, um pouco mais popular por poder ser ingerida em efervescente, pode ser encontrada na laranja, abacaxi, pimentão, agrião, entre outros. A vitamina E, um dos antioxidantes mais aclamados pelo seu efeito, é encontrada em óleos vegetais (amendoim, soja, girassol etc) e em nozes, sementes, grãos inteiros e também vegetais de folhas verdes. Algumas pessoas preferem tomar um polivitamínico, o que também não é errado. É importante frisar que longe de causar envelhecimento precoce, a prática de exercícios físicos gera um rejuvenescimento global no organismo. Os ossos, articulações, músculos, pulmões e coração obtêm diversas vantagens do esporte que melhoram seu funcionamento e resistência a doenças, por exemplo.

Até agora você não entendeu o que a corrida têm a ver com isso não é mesmo?

    Para a pratica de corrida, o corpo produz energia preferencialmente através do metabolismo oxidativo, também conhecido como metabolismo aeróbio, que é a utilização de oxigênio pelas células para fornecer energia aos músculos. Nesse processo energético o produto final da oxidação do oxigênio é água, mas estima-se que cerca de 5% do oxigênio consumido pelo corpo não seja eficientemente convertido em água, transformando-se então em radical livre. Essa pequena e controlada produção de radicais livres é importante para adaptação muscular não sendo nociva ao corpo. Mas, como o consumo de oxigênio aumenta durante a corrida, a formação de radicais livres também é maior. Como foi falado no início do texto, o excesso da produção de radicais livres é um dos fatores associado ao envelhecimento. O aumento dessas substâncias no organismo podem trazer envelhecimento celular e lesões musculares aos corredores, em específico em duas situações: overtraining e em atletas que se alimentam mal. Quando há um excesso de treino, pode ocorrer acúmulo de ácido láctico nos músculos. Essa acidose favorece a formação de espécies reativas de oxigênio. Já os corredores que têm uma alimentação pobre em frutas e verduras, consomem poucas substâncias antioxidantes, favorecendo assim o estresse oxidativo, que leva ao envelhecimento precoce e à lesão muscular e articular.