*DIABETES*
DIABETES
Diabetes Mellitus
é uma doença caracterizada pela elevação da glicose no sangue (hiperglicemia).
Pode ocorrer devido a defeitos na secreção ou na ação do hormônio insulina, que
é produzido no pâncreas, pelas chamadas células beta . A função principal da insulina
é promover a entrada de glicose para as células do organismo de forma que ela
possa ser aproveitada para as diversas atividades celulares. A falta da
insulina ou um defeito na sua ação resulta, portanto em acúmulo de glicose no
sangue, o que chamamos de hiperglicemia.
Exercício +
diabetes
Durante o
exercício, o consumo de oxigênio pelo organismo pode aumentar cerca de 20 vezes
e aumentos ainda maiores podem ocorrer nos músculos em atividade. Para
satisfazer essas demandas energéticas, o músculo esquelético utiliza de uma
forma muito intensa as suas próprias reservas de glicogênio e triglicerídeos,
além dos ácidos graxos livres derivados da quebra dos triglicerídeos do tecido
adiposo e da glicose liberada pelo fígado. Para preservar a função do sistema
nervoso central, os níveis de glicose sanguínea devem ser mantidos
rigorosamente dentro de uma determinada concentração durante o exercício. A
hipoglicemia durante o exercício ocorre raramente em indivíduos não diabéticos.
Os ajustes metabólicos que preservam a normoglicemia durante o exercício são em
grande parte mediados por hormônios. A redução da insulina plasmática e a
presença do glucagon parecem ser necessárias para o aumento inicial da produção
hepática de glicose durante o exercício; já durante um exercício de duração
prolongada, aumentos das catecolaminas e do glucagon plasmáticos parecem ser
fundamentais. Essas respostas hormonais estão essencialmente ausentes nos
pacientes com diabetes tipo I, com deficiência de insulina. Conseqüentemente,
quando tais indivíduos tiverem uma concentração muito baixa de insulina
circulante por tratamento inadequado, uma liberação excessiva de hormônios
antagonistas da insulina durante o exercício pode aumentar mais ainda os já
altos níveis de glicemia e de corpos cetônicos, podendo até precipitar uma cetoacidose
diabética. Ao contrário, a presença de altos níveis de insulinemia devido à
administração exógena de insulina pode atenuar ou mesmo evitar a maior
mobilização de glicose e outros substratos que é induzida pelo exercício,
causando hipoglicemia. Podem-se aplicar conceitos semelhantes aos pacientes com
diabetes tipo II em tratamento com insulina ou sulfoniluréias; entretanto, de
uma forma geral a hipoglicemia durante o exercício tende menos a ocorrer nos
diabéticos tipo II. Sem dúvida, neste grupo o exercício pode aumentar a
sensibilidade à insulina e auxiliar na redução dos níveis de glicemia para a
faixa normal.
O objetivo é
o de atualizar e sintetizar o pensamento atual sobre o papel do exercício nos
pacientes com diabetes tipos I e II. Com a publicação de novas revisões
clínicas, está-se tornando cada vez mais claro que o exercício pode ser um
instrumento terapêutico em uma série de pacientes com diabetes ou com risco
para o desenvolvimento de diabetes, mas, como ocorre com qualquer método
terapêutico, os seus efeitos devem ser completamente compreendidos. De um ponto
de vista prático, significa que a equipe de saúde que cuida de um diabético
deverá ser capaz de compreender como analisar os riscos e benefícios do
exercício em um determinado paciente. Além disso, a equipe, que deve contar com
médicos, enfermeiros, nutricionistas, profissionais de saúde mental e o
paciente, entre outros, se beneficiará de trabalhar com um indivíduo com
conhecimento e treinamento em fisiologia do exercício. Finalmente, também se
tornou claro que será papel desta equipe educar médicos generalistas e outros
profissionais de saúde envolvidos no cuidado desses pacientes.
Pode soar exagerado, mas é a mais
pura realidade: para o diabético, atividade física funciona como remédio. Atividades
como correr, nadar, pedalar e jogar futebol tendem a baixar a glicose na
corrente sanguínea de forma mais imediata. Isso porque demandam energia rápida.
Elas também são indicadas porque trabalham o sistema cardiovascular com mais
ênfase. Os exercícios de resistência, como a musculação, são essenciais para o
diabético. É que mantêm a glicemia baixa por um tempo prolongado. Fora que
desenvolver massa magra faz um bem danado, já que os músculos são exímios
consumidores de açúcar.
A corrida
também é uma poderosa aliada em manter o diabetes sobre o controle. Pois ao
tornar o organismo mais sensível a insulina, a corrida pode reduzir o uso do
hormônio injetável. Por isso, atualmente a corrida é muito prescrita por
especialistas como auxiliar no tratamento da doença
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1517-86922000000100005
https://www.endocrino.org.br/o-que-e-diabetes/
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