Tireoide
TIREOIDE
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EXERCICIO FISICO
Pesquisando sobre o assunto não achei
algo voltado exatamente para a corrida, algum estudo específico, então eu por
vez decidi associar o assunto com o exercício físico em geral, algo que
melhoria a condição de uma pessoa com hipotireoidismo.
Primeiro vou explicar o que é o
hipotireoidismo e como ele age no corpo:
A tireoide é uma
glândula que rege a hipófise, responsável por secretar hormônios para todo o
organismo. Um deles é o TSH, que estimula a tireoide a produzir T3 e T4. Quando
ela fabrica esses hormônios em quantidade insuficiente, ocorre o
hipotireoidismo, que deixa o corpo mais lento. Nesse caso, o cansaço piora, os
músculos ficam mais sensíveis e o metabolismo desacelera. Por isso, quem tem
esse problema sofre para perder peso ou pode até engordar. Vimos que ela com seus hormônios atua diretamente no coração e em todo
sistema circulatório, influindo na capacidade de funcionamento de todo
organismo, tanto em repouso como na atividade física, seja qual for ela. Quando
temos uma diminuição da produção dos hormônios T3 e T4, com elevação do TSH o
quadro clínico é chamado de hipotireoidismo e
dependendo do grau em que isso acontece,
teremos um sensível prejuízo na oxigenação sanguínea, principalmente nos
músculos usados num exercício, o que acarreta uma baixa tolerância geral para
pratica da atividade física. A sensação
de muito cansaço físico é incompatível com a pouca quantidade de exercício que
foi executado. Alguns corredores são até estigmatizados, considerados
esportistas fora de forma, sem vigor, exagerados nas queixas de dores
musculares, tudo levando a um desempenho físico fraco, um dos principais
sintomas do hipotireoidismo. Alguns fatos são relevantes,
nos pacientes com essa doença, a baixa força muscular geral, eleva muito o
risco de quedas. Os níveis da pressão arterial, na maioria dos casos, passam a
ficar mais elevados, precisando até de tratamento medicamentoso específico
dessa pressão alta, além do tratamento com medicações á base de hormônios da
tireoide. Percebe-se
então, como o fato de não se sentir bem numa atividade física, é relevante para
o esportista queixoso, necessitando de investigação médica que, sem dúvida,
inclua o funcionamento da tireoide. É sabido que no hipotireoidismo poderemos
ter vários sintomas isolados ou uma soma deles, como os baixos batimentos
cardíacos por minuto, sonolência pelo dia todo, queda de cabelo, pele seca,
alterações do funcionamento do aparelho digestivo, ganho de peso, crescimento
da tireoide no pescoço, chamada de bócio ou papeira.
No estudo que apresento a vocês fala que uma
das consequências para surgimento do Hipotireoidismo primário é pela falta do
mineral iodo na dieta alimentar, pois sem esse elemento a glândula da tireoide
não produz os hormônios tireoidianos, e com a baixa concentração do T3 e T4 na
circulação sanguínea, propicia ao organismo uma retroalimentação negativa sobre
o hipotálamo e a hipófise, aumentando drasticamente a secreção do TSH,
caracterizando o hipotireoidismo (SILVERTHORN, 2010). O Hipotireoidismo Crônico
tem como resultante uma inflamação linfocitária que acarreta a destruição das
células foliculares da tiroide, ou seja, são produzidos pelo corpo anticorpos
que atacam o próprio órgão (GREENSPAN; GARDNER, 2006; SETIAN et al., 2014),
devido a isso é caracterizada como uma doença autoimune. Essa doença tem como
resultado um enfraquecimento generalizado dos processos metabólicos, causando
atrasos grave do crescimento e do desenvolvimento com várias conseqüências
irreversíveis, inclusive retardo mental na fase do desenvolvimento inicial das
crianças acometidas pela enfermidade (GREENSPAN E GARDNER, 2006).
Uma das grandes discussões sobre a
realização do treinamento físico para os portadores Hipotireoidismo se dá
devido à grande influência causada pelos hormônios tireoidianos no musculo
cardíaco e no sistema muscular. Em um estudo realizado por Plentz et al.
(2012), onde fizeram uma revisão sistemática de pesquisas envolvendo a prática
de exercício direcionado para pessoas com insuficiência cardíaca, indicou que o
tratamento através do treinamento muscular proporciona uma melhora da
capacidade funcional do músculo cardíaco e da força muscular inspiratória,
propondo a intervenção para os pacientes que sofrem com esse tipo de patologia
a prática regular de exercícios, desde que de forma direcionada. Quando se fala
na prática regular de exercício físico, deve-se estar atento as formas de
funcionamento do metabolismo das células para que não haja uma eventual falta
de nutrientes e substratos na musculatura, proporcionando que a mesma tenha
total condições de realizar o metabolismo e seu funcionamento. Isso corresponde
a Bioenergética do organismo, ligadas às fontes de energia para que ocorra a
atividade muscular. São duas, as principais fontes de energia para as células:
a Anaeróbica – caracterizada pela absorção da Fosfocreatina ou Creatina Fosfato
e do metabolismo da glicólise anaeróbia (restrição de oxigênio), e também a uma
fonte Aeróbica – através da Fosforilação Oxidativa (com a presença abundante de
oxigênio) (FLECK; KRAEMER, 2006).
Os benefícios para a saúde ligados a uma
atividade física aeróbica incluem a diminuição do risco de desenvolver doenças
cardíacas, fortalecimento da capacidade respiratória, redução do surgimento de
diabetes tipo II, tratamento da osteoporose, assim como aumenta a densidade
óssea e o bem-estar físico e psicológico (ACSM, 1999). A atividade aeróbica
apresenta um gasto energético constante e bem mais duradouro do que na
atividade anaeróbica, o que possibilita a sua prática por qualquer pessoa,
mesmo que de forma moderada, o que possibilita o aumento do condicionamento
físico gradual. Segundo a ACSM (1999, p.5) a “caminhada é, sem dúvida, o
exercício mais acessível e, ao mesmo tempo, mais subestimado quando se trata de
aumentar a capacidade aeróbia”.
Toda e qualquer atividade muscular,
depende da reposição de nutrientes e oxigênio para que o músculo em questão
tenha seu funcionamento adequado. Quando se fala em atividades anaeróbicas
significa dizer que as reações químicas e metabólicas que ocorrem dentro do
corpo são realizadas com baixa presença de Oxigênio (FOSS; KETEYIAN, 2000).
Isso significa que na síntese de produção de energia para a célula não há a
exigência de grande quantidade do oxigênio para que esta tenha a sua
funcionalidade preservada. Segundo McArdle, Katch e Katch (2008, p.233) “os
desempenhos que ativam o sistema de energia a curto prazo exigem um exercício máximo
com a duração de até três minutos”, o que enquadra as atividades de curta
duração do tipo de levantamento repetitivo de peso, popularmente conhecida como
musculação. Esse sistema se caracteriza pela utilização da energia para a
célula através do composto químico denominado ATP, que tem como base molecular
a composição de uma molécula de açúcar (Adenosina) e três moléculas de Fosfato
(FLECK; KRAEMER, 2006). Esse composto é uma fonte de energia eminente da
alimentação e que é armazenada em todas as células musculares e é liberada
durante a contração do musculo esquelético (FOSS; KETEYIAN, 2000, p.19).
O
EXERCICIO
Uma das principais consequências das
disfunções da tireoide é a diminuição da tolerância aos esforços físicos em
razão de suas implicações envolvendo os sistemas cardiovasculares e musculares.
Esse fato interfere diretamente na capacidade do paciente de realizar tarefas
da vida diária, com impacto na qualidade de vida (GONÇALVES et al., 2006).
Segundo Fleck e Kraemer (2006) a prática constante de atividade física
direcionada causa um melhor desempenho na porção funcional do corpo, ou seja, a
realização de exercícios físicos melhora o condicionamento muscular e orgânico,
diminuindo o desgaste natural do organismo, porém, tais dados ainda não foram
amplamente estudados na população portadora de Hipotireoidismo. Os hormônios
tireoidianos atuam diretamente sobre o sistema cardiovascular, regulando a
contratilidade e relaxamento cardíaco (mecanismo central) assim como no tônus
vascular (mecanismo periférico). Uma vez que a capacidade funcional é o reflexo
da ação integrada dos sistemas pulmonar, cardiovascular e muscular em resposta
ao exercício, qualquer alteração nessa engrenagem acarreta impacto em sua
resposta (WASSERMAN et al., 2005). Devido a isso, busca-se melhorar a
capacidade funcional do organismo dos portadores de Hipotireoidismo com o
auxílio de exercícios físicos regulares e direcionados. Segundo Foss e Keteyian
(2000) é através do trabalho muscular (TR) que proporcionamos aos músculos e a
nosso sistema orgânico o ganho de resistência e da melhora na capacidade
funcional, possibilitando através do exercício físico que o organismo realize
tarefas com uma maior eficácia. Um bom exemplo se aplica quando se realiza uma
atividade anaeróbica, com isso proporciona-se ao corpo uma maior capacidade de
síntese no sistema ATP-CP e da glicólise em geral, assim como o fortalecimento
da musculatura do coração e a regulação da pressão arterial (FOSS; KETEYIAN,
2000), funções essas que são altamente prejudicadas no público portador de
Hipotireoidismo
CONCLUIMOS
Vimos que se uma pessoa que tenha
hipotireoidismo fizer exercícios diariamente a função motora dele irá melhorar e o
cansaço será diminuído devido a grande síntese no sistema. O exercício físico queima calorias, o que evita o ganho de
peso e pode combater os efeitos do seu metabolismo lento. Um bom treino também
pode ser um bom estimulante de humor enquanto você se exercita, seu corpo libera
endorfinas e outros produtos químicos que melhoram o humor. A atividade aeróbica de baixo
impacto eleva a frequência cardíaca e os pulmões sem sobrecarregar seu corpo e
articulações, o que é importante porque a dor nas articulações é outro sintoma
comum de hipotireoidismo. Pessoas com
hipotireoidismo também podem se beneficiar com os treinos anaeróbicos
(conhecidos também como treinos de força ou musculação), como elevações de
pernas e flexões, bem como aqueles que envolvem aparelhos com pesos, pois eles
desenvolvem massa muscular e o músculo queima mais calorias do que gordura,
mesmo quando a pessoa está em repouso. Construir músculos pode ajudar a
combater possíveis ganhos de peso que ocorrem graças a uma tireiode com
hipoatividade.
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